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Primo Levi: a escrita do trauma, de Lucíola Macêdo

Tenho certeza que a escrita cuidadosa de Lucíola Macedo em "Primo Levi, a escrita do trauma" (Rio de Janeiro: Ed. Subversos, 2014) faz avançar a recepção da obra do escritor italiano, e não apenas entre nós. A autora parece ter ouvido a sugestão contida num célebre poema de Paul Celan: "Fala -/ mas não separa o não do sim. / Dá ao teu falar também o sentido:/ dá-lhe sombra (...) / Fala a verdade quem fala sombras". Hoje, às 19h30, no Midrash, tenho a alegria de participar de uma conversa com a autora e Ana Lucia Lutterbach Holck, que antecede o lançamento do livro publicado pela Editora Subversos. Deixo aqui um breve trecho em que Lucíola comenta o delicado tema da morte do autor: "Impossível recompor ou restituir uma pretensa verdade no curso de uma vida e, menos ainda, de uma morte. De ambas restariam apenas fragmentos, estilhaços. A memória é ondulada. O real não se transmuta em verdade, senão aquela mentirosa por princípio. Diante da insuficiência dos dados, e sob o risco de incorrer-se no equívoco biográfico, uma vez que a biografia de modo algum autoriza a extrair conclusões definitivas, é possível apenas afirmar: houve uma queda. Foi fatal". (p. 371).

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