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Ozimândias, 2000-2015.  15 páginas de jornais dos anos 2000-2002 apagados, barra e pregadores de alumínio, 176 x 150.

Em uma das páginas foi carimbado um estrato do poema Ozymandias (1818), de Shelley. ('My name is Ozymandias, king of kings: Look on my works, Ye Mighty, and despair!') Fotos: Wilton Montenegro.

​Ozymandias, 2000-2015.  15 pages de journaux des années 2000-2002 effacées, barre  et épingles en aluminium, 176 x 150 cm. Une des pages est tamponnée avec un extrait du poème Ozymandias (1818), de Shelley. ('My name is Ozymandias, king of kings: Look on my works, Ye Mighty, and despair!') Photos: Wilton Montenegro.

 

 

 

Espace Topographie de l'art, Paris, février - avril, 2016.

à esquerda | à gauche, Ozymandias, 2000-2015.

à direita | à droite "Vanitas", 2011. video, 3"30.

Photo: Topographie de l'art.

OZYMANDIAS

Percy B. Shelley

 

I met a traveller from an antique land
Who said: “Two vast and trunkless legs of stone
Stand in the desert. Near them, on the sand,
Half sunk, a shattered visage lies, whose frown,


And wrinkled lip, and sneer of cold command,
Tell that its sculptor well those passions read
Which yet survive, stamped on these lifeless things,
The hand that mocked them, and the heart that fed:


And on the pedestal these words appear:
‘My name is Ozymandias, king of kings:

Look on my works, ye Mighty, and despair!’
 

Nothing beside remains. Round the decay

Of that colossal wreck, boundless and bare
The lone and level sands stretch far away.”

 

OZIMÂNDIAS

Percy B. Shelley (tradução: Adriano Scandolara)

 

Ouvi um viajante de uma antiga terra
Dizer: “um par de pernas jaz truncado
No deserto. E, perto, a areia enterra
Os restos de um semblante estilhaçado


Que diz, com lábio e cenho frio de guerra,

Como à pedra sem vida se esculpiu
Tais paixões vivas na obra que se fez
Que a mão logrou e o coração nutriu.


E, ao pedestal, palavras há inscritas:
Meu nome é Ozimândias, rei dos reis,
Curva-te, Ó Grande, ao fausto que ora fitas!


Nada mais resta: sós, ao longe, à margem
Da imensa ruína, nuas e infinitas,
As areias compõem toda a paisagem”.

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