

O mundo substantivo de Leila Danziger: poesia e afeto | Gustavo Silveira Ribeiro
1. A incomensurável tristeza do que existe: talvez esse seja o verso com que se deva começar a ler a poesia da artista carioca Leila Danziger. Nele se concentram alguns dos procedimentos formais mais caros à autora, e também nele se pode surpreender o passo em que ética e estética se tocam e se confundem no seu trabalho. Em primeiro lugar, o plano da linguagem e do sensível: as palavras que aqui se lêem são parte do poema “Minima Moralia” e acenam, como o uso do itálico (e o